Opinião
O resumo de um presidente
Por Marcelo Oxley
Empresário e jornalista
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"Vocês não sabem como eu estou feliz. Pela primeira vez na história desse País, nós conseguimos colocar na Suprema Corte desse País um ministro comunista, um companheiro da qualidade do Flávio Dino", disse Luiz Inácio Lula da Silva
Quando somos crianças temos a oportunidade de aprender as coisas boas e ruins. Temos a chance, através da escola e da família, de escolhermos o que nos fará bem e o que nos trará problemas.
Na adolescência, entre um período e outro de disciplinas escolares, não me recordo de compreender o comunismo como uma fatia admirável do bolo. Sempre ouvi dizer, inclusive por meus saudosos professores da universidade, que esse modo de governo está aliado com aquilo que traz receio à população. E por aí cresci, e por fim, entendi. A propósito, não me lembro de sussurrarmos sobre o "lado bom do comunismo".
O comunismo, segundo estudiosos e historiadores, tem um saldo assustador: esse modelo econômico e político já tirou a vida de milhões de pessoas que não concordavam com suas imposições, ideais e pensamentos. Além do mais, também podemos atribuir ao triste número, o seu próprio modelo de governo que tenta priorizar um processo igualitário, como também, o fim da propriedade privada.
Dentre os países que utilizam esse mecanismo, discreta ou indiscretamente, estão: China, Vietnã, Laos, Coreia do Norte e Cuba. Esses, não temem em ressaltar o comunismo, suas censuras, represarias e artifícios para quem ousar a debater sobre tal processo.
Aqui, em terras Tupiniquins, Dino, atual Ministro da Justiça, nunca se fez de rogado sobre ser chamado de comunista. Inclusive, menciona numa foto uma foice, que é o principal artefato de alusão comunista. Lamentavelmente esse cidadão fará parte, logo mais, do STF. É isso mesmo que você acabou de ler; causa imensa tristeza em saber que um homem, declaradamente comunista tenha passado pela sabatina dos senadores.
A alegria do nosso Presidente em dar tal notícia e da maneira como descreveu, não criou alvoroço na maioria dos meios de comunicação. A maior emissora de TV da América Latina, não pontuou o cuidado de tal fala ou, sequer, uma explicação ao "frenesi governamental" apresentado. A impressão que se tinha era que Lula se deleitava com alguns "deuses" em sua volta. Talvez, os mesmos que conseguiram apresentar ao Brasil que a impunidade pode vencer.
Karl Marx, Friedrich Engels, Lênin, Stalin, Leon Trotsky, Mao Tsé-tung, Fidel Castro e Maduro. Se você quiser saber um pouco mais sobre o comunismo, por favor, estude esses nomes e os "feitos" que fizeram. Não estaria equivocado em acrescentar a essa grande lista o nome de Che Guevara, um dos maiores perseguidores de classes dos últimos anos. Faça uma breve retrospectiva e não se apavore com números.
Um presidente, mesmo que esteja nas primeiras colocações no quesito "duvidoso", jamais poderia citar um sistema comunista. Sabemos, e está estampado na história, que o seu DNA é intimidador. As palavras comunismo/comunista são tão desagradáveis que quando escritas em alguns meios da internet, há um chamado de atenção.
Como explicar aos nossos filhos o primeiro parágrafo desse texto? Como fazê-los entender que um presidente não poderia ter dito o que disse? Mesmo que quisesse e pudesse, não foi elegante.
O que menos importa nesse governo é se existe o lado certo ou errado. Ele conseguiu banalizar o mais básico dos básicos. Me parece tudo uma questão de ótica ou de interpretação.
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